Assume a responsabilidade, Roger Depois de se declarar como um coadjuvante de luxo, o veterano Roger, agora, tem a missão de substituir Montillo e ser o craque do time contra o Internacional

11/11/2011 09:37

 

 

 
Mais do que nunca, Cruzeiro precisa que Roger brilhe no domingo 
 
No início de sua carreira no futebol, Roger foi alçado das categorias de base para o profissional logo com o status de estrela da companhia no Fluminense. As boas atuações com a camisa do Tricolor o levaram a vestir a camisa da Seleção Brasileira e uma transferência para o Benfica, de Portugal. Depois disso sendo coadjuvante no Corinthians e Flamengo, Roger voltou a ter os dias de glórias, sendo ídolo da torcida, inclusive, no Grêmio, mas a fase durou apenas cinco meses, quando foi negociado com o futebol do Catar.

Na Raposa, alternando entre a reserva e a titularidade, Roger chegou a comentar que não é mais a principal estrela, mas um personagem secundário importante. Contudo, esse estigma tem que ser apagado da mente do meio-campista para que as chances de vitória existam na Arena do Jacaré.

 

- Tem que vencer o domingo para as coisas ficarem mais amenas. Você consegue trabalhar mais tranquilo. O emocional melhora, tudo melhora. É de uma forma ou de outra encontrar a vitória – explicou.

No atual contexto celeste – sem Montillo e desesperado pela vitória contra o Internacional, no domingo, para fugir da zona de rebaixamento -, Roger terá que reviver os seus tempos de estrela principal. Apesar dos 33 anos e a velocidade não ser a mesma do início da carreira, o armador está empenhado em, com seus passes qualificados, fazer a diferença na ofensiva cruzeirense.

- Se o Vágner Mancini (treinador) optar por mim como esse articulador, como o toque de qualidade, representante dele dentro de campo, de passar mesmo essa experiência e confiança, estou pronto. E vou encarar o desafio com força e dedicação para conseguirmos os três pontos – garantiu Roger.

O meio-campista marcou apenas quatro gols nesta temporada e já atuou em 40 partidas. Ele balançou as redes apenas uma vez no Campeonato Brasileiro, em cobrança de pênalti, contra o Vasco.

 

A importância de Roger nas reuniões do grupo cruzeirense antes dos treinos e jogos podem ser um fator para motivar a ser o craque que a Raposa precisa contra o Internacional. O meia tem tentado diagnosticar o que tem acontecido com o time celeste nos últimos jogos, no qual começa mostrando um bom futebol e depois se perde em campo, quando alguma coisa não dá certo. O apoiador pede mais controle emocional aos companheiros, pois isso será necessário dentro das partidas.

- O time quer evoluir emocionalmente mais do que em qualquer outro aspecto. Coloquei isso numa conversa que tivemos. Porque todo mundo sente quanto tomamos gol ou acontece algum revés na partida. E as coisas começam a dar errado. Essa é a hora de ter forças, sobretudo mental e psicológica, para quando acontecer isso – e vai acontecer, pois em todos jogos você passa por momentos de superioridade e inferioridade – ter um bom controle emocional. Pois não pode deixar acontecer o que aconteceu no domingo, contra o Flamengo.

Roger lembrou que, mesmo após a vibrante vitória sobre o Atlético-GO, a Raposa tinha consciência dos desafios que viriam a seguir - contra Botafogo e Flamengo, ambos postulantes ao título nacional – no Rio de Janeiro.

- Eu já sentia essa situação delicada (mesmo antes de entrarmos na zona de rebaixamento). Sabíamos que tínhamos jogos difíceis no Rio de Janeiro contra times que estão buscando titulo e nós nesse momento complicado – analisou.

 

O meia Roger é considerado uma das vozes mais ativas dentro da delegação cruzeirense. Articulado nas palavras, o armador é um dos porta-vozes do grupo e sempre requisitado para as entrevistas. No retorno aos treinos em Belo Horizonte, na terça-feira, após a derrota, 5 a 1, para o Flamengo, o atleta foi escolhido para tentar dar explicações para a goleada sofrida. Além disso, os comentários do jogador sobre a responsabilidade de substituir Montillo, estrela da companhia, também eram necessários.

Contudo, Roger se esquivou das perguntas dos jornalistas e avisou que não atenderia à imprensa naquele dia, tendo o seu exemplo seguido por todos os demais atletas cruzeirenses. Apenas Vágner Mancini conversou com a mídia naquele dia.

Em Atibaia, Roger explicou o motivo do silêncio e disse que, no clube, o interesse é responder todos os questionamentos com os três pontos.

- A situação está complicada, chata. Às vezes, as perguntas são as mesmas e temos que encontrar respostas para questões que não tem explicação. Então não é decisão de não falar, é só uma situação complicada que preferimos nos manter quietos. Porque não encontramos respostas. Todo mundo quer responder, mas ninguém sabe as respostas. No futebol as respostas são dadas com vitórias e nos não tempos conseguido isso. Com palavras não existe isso.